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Crianças que criam suas obras midiáticas brincando - conheça o projeto OLA


“Brincar conecta o ser humano com sua essência, com a possibilidade da criação.”

(Guilherme Blauth, Jardim da Brincadeiras – Uma estratégia lúdica para educação ecológica).


A proposta central da Oficina Livre de Comunicação é que as crianças criem suas obras midiáticas brincando, desta forma aprendem naturalmente sobre algumas possibilidades e técnicas dos diferentes meios da comunicação, e ainda exercitam a reflexão crítica e o fazer artístico.

A oficina iniciou no segundo semestre de 2014, com apenas um pequeno grupo de 7 crianças entre 7 e 10 anos, todas elas integrantes de um projeto educativo pioneiro na cidade de São José dos Campos, a Casa dos Pandavas – escola aberta, uma escola gerida por pais, mães e educadores que buscam uma educação aberta, no sentido de não se restringir a aplicar um único método pedagógico, mas onde educadores e crianças possam ter a liberdade de encontrar o método que melhor potencialize o aprendizado de determinado tema em cada caso específico, levando em conta a individualidade de cada criança, assim como o espaço e o tempo em que ela está inserida.


Dentro desta iniciativa pedagógia, a documentarista e educadora audiovisual, Auira Ariak, mãe de uma das crianças da Casa dos Pandavas, começou a promover encontros semanais com as crianças voluntariamente, onde a ideia era simplesmente brincar de fazer filmes ou fotografias com os equipamentos disponíveis – no caso câmeras de celular, ou o equipamento pessoal da educadora.

Tendo garantido o espaço de liberdade pedagógica, logo a iniciativa se tornou um projeto: a Oficina Livre de Comunicação, onde busca-se a liberdade de criar e também de investigar as tantas possibilidades de compartilhar olhares e narrativas diferentes de um mesmo tema. Nunca lançando um olhar sobre a criança, mas sim, a partir dela. Por certo que essa exploração criativa já é algo inerente nas brincadeiras de qualquer criança, assim, naturalmente, tanto os processos quanto os produtos dos encontros são sempre positivos para todos os envolvidos.

Além disso, partindo do pressuposto que produzir comunicação é direito humano a ser exercido por todas as pessoas, incluindo aí pessoas de pouca idade, este projeto vem garantir mais um espaço onde possa-se fazer valer o artigo 13º da convenção sobre os direitos da criança que afirma:


“A criança tem direito à liberdade de expressão. Este direito compreende a liberdade de procurar, receber e expandir informações e ideias de toda a espécie, sem considerações de fronteiras, sob forma oral, escrita, impressa ou artística ou por qualquer outro meio à escolha da criança”.


Conforme as ideias das crianças vão aparecendo a educadora, usando sempre o processo dialógico, incentiva a brincadeira de criação de personagens e cenários, sugere soluções para os desafios encontrados, e propoe pesquisas de obras audiovisuais interessantes para que as crianças possam explorar livremente outras formas de apresentar suas ideias. Nestes encontros, que continuam até hoje - agora com o dobro de crianças - muitas brincadeiras foram dando resultados bem bacanas.


Alguns resultados destes resultados podem ser vistos no blog da OLA.


Atualmente também faz parte da proposta desta oficina pensar junto com as crianças formas de viabilizar a compra de equipamentos que permitam maiores ousadias, montando um laboratório multimídia com ao menos um equipamento de registro semi profissional - diferente do que talvez a maioria da crianças estejam mais familiarizadas (câmeras embutidas em celulares e outros aparelhos eletrônicos). Assim, por meio da utilização de câmeras equipadas com mais acessórios, como microfones, fones de ouvido e tripés, elas possam ter a experiência de ampliar a percepção a respeito da qualidade dos registros audiovisuais para além daqueles já realizados no seu cotidiano. Da mesma forma também será bastante útil computadores com diferentes programas de edição, através dos quais será possível entender e experimentar mais profundamente a linguagem e a construção das narrativas audiovisuais.

Parcerias de outros profissionais com a OLA também vem acontecendo desde o ano passado quando aconteceu o Oficinão: Uma tarde toda onde foram apresentados equipamentos relacionados ao audiovisual de diversas épocas em uma linha do tempo com câmeras fotográficas antigas e modernas, filmadoras diversas, equipamentos de som e exibição - VHS, retroprojetores, vitrolas, gravadores, projetores de super 8mm, etc). Este ano a OLA quer promover o Oficinão novamente, para isso busca parceiros que emprestem os equipamentos diversos que contarão, fisicamente, a história da evolução dos meios.


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